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terça-feira, 5 de julho de 2011

Trava linguas e parlendas

O que são
Podemos definir os trava línguas como frases folclóricas criadas pelo povo com objetivo lúdico (brincadeira). Apresentam-se como um desafio de pronúncia, ou seja, uma pessoa passa uma frase díficil para um outro indíviduo falar. Estas frases tornam-se difíceis, pois possuem muitas sílabas parecidas (exigem movimentos repetidos da língua) e devem ser faladas rapidamente. Estes trava línguas já fazem parte do folclore brasileiro, porém estão presentes mais nas regiões do interior brasileiro.

Exemplos de Trava Línguas (devem ser falados rapidamente sem pausas)
·         Pedro tem o peito preto, O peito de Pedro é preto; Quem disser que o peito de Pedro é preto, Tem o peito mais preto que o peito de Pedro.
·         A vaca malhada foi molhada por outra vaca molhada e malhada.
·         Um ninho de mafagafos, com cinco mafagafinhos, quem desmafagafizar os mafagafos, bom desmafagafizador será. 
·         Há quatro quadros três e três quadros quatro. Sendo que quatro destes quadros são quadrados, um dos quadros quatro e três dos quadros três. Os três quadros que não são quadrados, são dois dos quadros quatro e um dos quadros três.
·         Chupa cana chupador de cana na cama chupa cana chuta cama cai no chão.
·         Pinga a pipa Dentro do prato Pia o pinto e mia o gato.
·         O rato roeu a roupa do rei de Roma.
·         Pinga a pia apara o prato, pia o pinto e mia o gato.
·         O princípio principal do príncipe principiava principalmente no princípio principesco da princesa.
·         Quico quer quaqui. Que quaqui que o Quico quer? O Quico quer qualquer quaqui.
·         Três pratos de trigo para três tigres tristes.
·         Luzia lustrava o lustre listrado, o lustre listrado luzia.
·         Sabendo o que sei e sabendo o que sabes e o que não sabes e o que não sabemos, ambos saberemos se somos sábios, sabidos ou simplesmente saberemos se somos sabedores.
·         Fala, arara loura. A arara loura falará.
·         Se o Arcebispo-Bispo de Constantinopla a quisesse desconstantinoplizar, não haveria desconstantinoplizador que a desconstantinopllizasse desconstantinoplizadoramente.
·         Atrás da pia tem um prato, um pinto e um gato. Pinga a pia, para o prato, pia o pinto e mia o gato.
·         A vida é uma sucessiva sucessão de sucessões que se sucedem sucessivamente, sem suceder o sucesso...
·         O Tempo perguntou pro tempo quanto tempo o tempo tem, o Tempo respondeu pro tempo que o tempo tem o tempo que o tempo tem.
O que são
As parlendas são versinhos com temática infantil que são recitados em brincadeiras de crianças. Possuem uma rima fácil e, por isso, são populares entre as crianças. Muitas parlendas são usadas em jogos para melhorar o relacionamento entre os participantes ou apenas por diversão. Muitas parlendas são antigas e, algunas delas, foram criadas, há décadas. Elas fazem parte do folclore brasileiro, pois representam uma importante tradição cultural do nosso povo.
Alguns exemplos de parlendas:
Um, dois, feijão com arroz.
Três, quatro, feijão no prato.
Cinco, seis, chegou minha vez
Sete, oito, comer biscoito
Nove, dez, comer pastéis.
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Serra, serra, serrador! Serra o papo do vovô! Quantas tábuas já serrou?
Uma delas diz um número e as duas, sem soltarem as mãos, dão um giro completo com os braços, num movimento gracioso.
Repetem os giros até completar o número dito por uma das crianças.
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Um elefante amola muita gente...
Dois elefantes... amola, amola muita gente...
Três elefantes... amola, amola, amola muita gente...
Quatro elefantes amola, amola, amola, amola muito mais...
(continua...)
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– Cala a boca!
– Cala a boca já morrei
Quem manda em você sou eu!
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- Enganei um bobo...
Na casca do ovo!
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Dedo Mindinho
Seu vizinho,
Maior de todos
Fura-bolos
Cata-piolhos.

ATIVIDADE COM TEXTO


                                                                                                                                                      TEXTO: O Bazar da Pontuação

  No tal bazar, encontramos os Sinais de Pontuação, arrumados em caixinhas de madeira, com rótulos na tampa. Emília abriu uma e viu só Vírgulas dentro.
  __ Olhem que galanteza! __ Exclamou. __ Vírgulas, Vírgulas e mais Vírgulas! (...)
    Emília despejou um monte de Vírgulas na palma da mão e mostro- as ao rinoceronte.
   __ Essas Vírgulas servem para separar as Orações, as Palavras e os Números – explicou ele. – Servem sempre para indicar uma pausa na frase. A função delas é “separar de leve”.
   Emilia soprou o punhadinho de Vírgulas nas ventas de Quindim e abriu a outra caixa. Era a do Ponto e Vírgula.
   __ E estes, Quindim, estes casaizinhos de Vírgula e Ponto?
   __ Esses também servem para separar. Mas separar “com um pouco mais” de energia do que a Vírgula sozinha.
    Emília despejou no bolso de Pedrinho todo o conteúdo da caixa.
     __ E este aqui? –perguntou em seguida, abrindo a caixinha dos  Dois Pontos.
    __ Estes também servem para separar, porém com maior energia do que o ponto e Vírgula. (...)
     Emilia abriu uma nova caixa.
    __ Oh, estes eu sei para que servem! – exclamou ela, vendo que eram Pontos Finais.
    __ Estes  separaram duma vez – cortam.  Assim que aparece um deles na frase, a gente já sabe que na frase, a gente já sabe que a frase acabou. Finou –se ...
     Em seguida, abriu a caixa dos Pontos de Interrogação.
    __ Ganchinhos! –exclamou. –Conheço –os muito bem. Servem para fazer perguntas. São mexeriqueiros e curiosíssimos. Querem saber tudo quanto há. Vou levá –los  de presente para a tia Nastácia.
     Depois chegou a vez dos Pontos de Exclamação.
    __ Viva! –gritou Emilia. (...) –Vivem de olho arregalados, a espantar –se e a espantar os outros. Oh! Ah!!! Ih!!!!
   A caixinha imediata era das Reticências.
   __ Servem para indicar que a frase foi interrompida em certo ponto –explicou Quindim.(...)
   Depois, Emilia abriu outra caixa e exclamou com cara alegre:
   __ Oh, estes são engraçadinhos! Parecem meias luas...
  Quindim explicou que se tratava dos Parênteses, que servem para encaixar numa frase alguma palavra, ou mesmo outra frase explicativa, que a gente lê, variando o tom da voz.
  __  E aqui, estes pauzinhos? –perguntou Emília, abrindo a última caixa.
  __ são os Travessões, que servem no começo das frases de diálogos, para mostrar que é uma pessoa que vai falar. Também servem dentro duma frase, para pôr em maior destaque uma Palavra ou uma Oração.
 __ Que graça! –exclamou Emília. –Chamarem Travessão a umas travessinhas de mosquito desse tamanhinho! (...)
   Quindim olhou –a com o rabo dos olhos. Estava ficando sabida demais...

        Monteiro Lobato. Emília no país da gramática. São Paulo , Brasiliense, 197
                       
                         Conhecendo o texto

1_ Responda:
a)    Quem é o autor o texto? R _____________________________________________
b)    De que trata o texto? R _______________________________________________
c)    Quais são os personagens? R__________________________________________

2_ Você sabe:
a) para que serve A virgula? R________________________________________________
                                                                                                                                            
b) para que servem os travessões
R ____________________________________________________________
_______________________________________________________________
c)que sinal indica a frase foi interrompida? R________________________
___________________________________________________________
d) qual é o sinal usado para encaixar numa frase alguma palavra ou mesmo outra frase explicativa? R ___________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________________________


        3_ Relacione as personagens com o que se diz sobre ela:

a)   Foi Quindim quem despejou um monte de Vírgulas na palma da mão?
R _________________________________________________________
b) Quem foi mesmo que explicou sobre as Reticências?
R ___________________________________________________________
    c) Foi Pedrinho quem achou que Emília estava ficando sabida demais?
    R____________________________________________________________

    4_ Ao abrir as caixas dos Pontos Finais e dos Pontos de Interrogação, o que Emília disse sobre eles? R __________________________________________
_______________________________________________________________
    5_ Por que Emília chamou os pontos de Interrogação de Mexeriqueiros e
cuiosíssimos? R___________________________________________________
_______________________________________________________________
     

Atividade com texto II

  1_ Leia o texto com atenção e decubra alguns erros nas palavras
  2_ Reescreva o texto com as palavras corretamente.                                                  

     A tarde estava hmida e cuente. No céu, algumas nuven formavam figuras bizarras. Os bancos do jardim estrategicamente colocados sob a copa das arvores, estavam vasios.
       Uma abelha, saltando de flor em flor, esecutava a sua permanente tarefa da recolha do pólen. Mas, derepente, ficou muda de espanto: é que encostada ao tenro caule de uma planta, descanssava uma formiga!
-          A descansar? – não reziztiu a perguntar a abelha que sempre ouvira diser que, tal como as abelhas, as formigas passavam todo o tempo a trabalhar.
-          Hoje não trabalhamos. É o “Dia Mundial da Formiga”, e a nossa xhefe deu-nos um dia de repouzo e de festa.
-          Mas que interessante! – continuou a abelha. – Sempre pencei que essas datas espesiais existiam apenas para as pessoas...
-          Pois enganas-te! – afirmou a formiga, erguendo uma patita em direcção à abelha. – Nós as formigas também temos agora um Dia Mundial. E até vamos convidar vários grupos de cigaras que, logo à noite, irão alegrar o nosso baile.
-          Que curiozo! – murmurou expantada a abelha. E lá continuou o seu trabalho, talvez a sonhar que também a sua Rainha decretase, mais sedo ou mais tarde, o Dia Mundial da Abelha.

                  
  texto  após corrigido deverá  ficar  assim:

       A tarde estava húmida e quente. No céu, algumas nuvens formavam figuras bizarras. Os bancos do jardim estrategicamente colocados sob a copa das árvores, estavam vazios.
         Uma abelha, saltando de flor em flor, executava a sua permanente tarefa da recolha do pólen. Mas, de repente, ficou muda de espanto: é que encostada ao tenro caule de uma planta, descansava uma formiga!
-          A descansar? – não resistiu a perguntar a abelha que sempre ouvira dizer que, tal como as abelhas, as formigas passavam todo o tempo a trabalhar.
-          Hoje não trabalhamos. É o “Dia Mundial da Formiga”, e a nossa chefe deu-nos um dia de repouso e de festa.
-          Mas que interessante! – continuou a abelha. – Sempre pensei que essas datas especiais existiam apenas para as pessoas...
-          Pois enganas-te! – afirmou a formiga, erguendo uma patita em direcção à abelha. – Nós as formigas também temos agora um Dia Mundial. E até vamos convidar vários grupos de cigarras que, logo à noite, irão alegrar o nosso baile.
-          Que curioso! – murmurou espantada a abelha. E lá continuou o seu trabalho, talvez a sonhar que também a sua Rainha decretasse, mais cedo ou mais tarde, o Dia Mundial da Abelha.

               Onde e quando se passa esta história?
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1.      Porque razão ficou “muda de espanto” a abelha?
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2.      Quem iria animar o baile das formigas?